segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A incrível arte de ser POBRE


Por incrível que pareça, ser pobre é uma arte, e uma das mais nobres!
Todo pobre é um ninja nato, consegue fazer coisas, se safar de situações, desaparecer diante dos cobradores bem no estilo Ninja Gaiden.
Caro leitor, pode usar da ferramenta de busca Google e procurar manias de pobre, que trocentas listas engraçadinhas surgirão. A pessoa seguindo mais ou menos itens dessa lista, vai definir seu grau de pobreza. Eu mesma sou pobre, adoro lamber a tampa do danone, fico prendendo saquinhos com prendedor de roupa, quase todo dia saio correndo atrás do ônibus, adoro uma promoção, amo strogonoff, entre outras coisinhas.
Mas atire a primeira pedra o pobre que não é feliz. Afinal, a gente não precisa se preocupar com sequestro, com blindagem de carro, mensalidade de escola particular, muito menos de faculdade, a gambiarra se torna um meio de vida, enfim, a gente sempre dá um jeitinho pra tudo.
Além disso, qualquer diversão é válida. Seja o churrasco na laje, a reunião da molecada na piscina tone de 1000 litros comprada em 10 vezes nas Casas Bahia, aliás, Casas Bahia é "A loja favorita dos pobres". Pobre adora comprar tudo a prestações a perder de vista, se não tiver aquele carnezinho gordo, aliás, vários deles, ocupando espaço na bolsa ou no bolso, parece até que falta um membro, quando acaba de pagar um, faz mais outro. Às vezes a coisa custa 59,90, tem que dividir em 15 de 5,99 (não sou ruim de matemática não, quer dizer, só um pouco, mas são os juros que são altos mesmo, um preço a se pagar pelo prazer de ter os magníficos carnês).
E assim, vai levando, rindo pra não chorar, mas levando.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nunca tive um All Star

Aos 29, finalmente, tenho meu All Star. Esse tênis imortal que mantém a mesma fórmula desde o início dos Anos 80, aliás, Anos 80 sem All Star não é Anos 80. Eu lembro que meus amigos tinham All Star e eu só na vontade, depois me julguei velha demais pra isso. E sinceramente, estou cagando e andando se estou velha ou não pra qualquer coisa. Os 30 são apenas uma questão de meses, mas me sinto melhor que muita garotinha de 15. Não tenho grilos, não tô nem aí pro que os outros falam de mim, se estão olhando e comentando, só podem estar com inveja. Olhem à vontade. Como me disseram outro dia (e adorei): "Ema, ema, ema, cada um com seu problema".
Tô feliz, tô de bem comigo (não passei no concurso, mas tudo bem, existe vida após o não-passsar em um concurso), tô amando e sou amada, não estou cercada de falsos amigos (pelo menos se são falsos, fazem um ótimo teatro) e agora ainda tenho meu All Star.
Se as pessoas se contentassem com as pequenas coisas da vida, enxergassem a grandeza dos momentos que passamos com quem gosta da gente, aproveitassem a vida e tirassem tudo que tem de bom dela, ao invés de querer sempre mais, reclamar de tudo e de todos (ainda reclamo do quatro dedos porque não votei nele).
CARPE DIEM, meus amigos.

NOTA: se algum engraçadinho que vier me dizer que All Star é coisa de Viado Emo, já respondo que isso é uma tendência oitentista e essas criaturas ainda estavam nos ovários das suas mães e nos sacos de seus pais e se eles soubessem que seus filhos seriam assim, pensariam duas vezes antes de virar os olhinhos. Mas tudo bem, eu sou mais eu.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Concursos Públicos

Esse fim de semana saí da paz do meu lar na minha cidadezinha do interior pra encarar a capital Belzonte pra fazer uma prova de concurso. Já perdi a conta de quantos já fiz, mas não estou fugindo à regra. Felicidade de brasileiro é prestar concurso público, trabalhar pro governo é o melhor emprego que podemos ter, mamar nas suas tetas até a aposentadoria é uma idéia que agrada e muito. Aliás, o brasileiro adora uma sombra e água fresca. Se o governo empregasse todo mundo, todo mundo iria querer trabalhar, não interessa fazendo o que, o que interessa é receber uma boladinha boa seja da prefeitura, governo estadual ou federal até o fim da vida. Como eu disse, não fujo à regra, gostaria (e muito) de ficar de boa pro resto da vida, pode dizer que sou folgada e tal, não ligo, sou mesmo folgada, mas sou brasileira, e todo brasileiro nato é folgado por natureza, é nossa herança genética.
Mas falando de cidade grande, não gosto muito delas, prefiro a paz bucólica, pouca gente, ruas fáceis de se atravessar, coisas do tipo, gente normal nas esquinas. Não nasci pra cidade grande não, acho que sou tranquila demais, não gosto de correrias, apesar que sou meio hiperativa, não consigo ficar parada, mas faço tudo com calma e tranquilidade. Tá bom, eu assumo, eu me identifico com o Ligeirinho (aquele esquilinho muito massa do filme Deu a Louca na Chapeuzinho, recomendo a todos esse filme) e assim como ele, não faço uso de cafeína, se fizesse, coitados daquele que me cercam. Uma NinjA hiperativa já é meio demais, uma NinjA hiperativa que
consumiu café é altamente perigosa.
Bom, vou ficando por aqui, me desejem sorte, pois esse é o último concurso que faço... esse ano.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ai que calor!!!

Sei que outro dia mesmo estava fazendo um frio de rachar, mas como o clima no nosso amado 3º planeta está mais doido que eu, agora está um calor de rachar.
Tudo dá preguiça, a vontade que se tem é de ficar tranquilamente numa piscina tomando suco bem gelado ou sorvete sem parar e não fazer mais nada. Até sonho com essa piscina, água geladinha batendo na bunda, ficar lá até a pele enrugar e ficar parecendo uma velha de 80 anos. Não seria nada mal.
Uma chuvinha vinha bem a calhar agora, não aquela chuva forte que cai bem na hora da gente sair do trabalho e não pára até a gente chegar em casa (isso é marcação de São Pedro), mas aquela mansinha, gostosa, daquelas boas de se namorar e/ou comer pipoca vendo um filme legal. Falando em filme, acho que até um filme com bastante água refrescaria agora, algo como Titanic, Navio Fantasma ou Enchente (acho que é esse o nome mesmo, um com o Morgan Freeman que passa sempre no SBT).
Mas a melhor parte é o sorvete. Pode até ser aquela porcaria de máquina que custa R$ 1,00. Dá pra quebrar um galho e refrescar temporariamente.
Vou parar por aqui, falar dessas só me fez sentir mais calor...

sábado, 11 de outubro de 2008

Dia do Desespero

Hoje é Dia do Desespero, um dia que vem antes do Dia das Crianças. Hoje é dia de pai e mãe, tia(o)(s), avós e avôs saírem feito loucos atrás de brinquedo pros moleques. As lojas de brinquedo e os "1,99" cheios de gente desesperada, menino berrando, vendedor a beira de um ataque de nervos, pais sem saber como controlar seus rebentos que não se decidem e que por eles levariam toda a loja.
Ah, os pequenos. Quando crianças muito pequenas não tem a menor noção do que querem, normalmente os maiores e mais coloridos. Se já são "mocinhos" ou "mocinhas", aquela terrível fase dos 7 aos 10, em que a criança ainda não tem noção de valores financeiros achando que seus pais são ricos e já estão crescidinhos o suficiente para querer o presente mais caro de última geração que viram na propaganda da TV ou um eletro-eletrônico (as coisas evoluíram!), a coisa muda de figura. Tem que se ter paciência, mas muuuuuuuuuuuita paciência mesmo. Mas o pior de tudo são os pré-adolescente que ganham presentes e acham ruim dizendo que não são mais crianças. Vai entender.
Não tenho filhos, mas pretendo tê-los, só que quando os tiver jamais deixarei nada pra última hora e o principal, eu só vou levá-los se sua natureza for igual à minha, ou seja, quero aquilo então é aquilo, não fico indecisa em nada. Pode parecer duro, mas é a verdade.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Tô na área

Agora voltei mesmo.
Não aconteceu muita coisa esses dias, só eleições, queda das bolsas, alta do dólar, crise financeira americana, Chávez sempre fazendo barulho, LHC parado, novo acordo sobre a língua portuguesa, ou seja, coisas triviais... Brincadeira, gente. Tem coisa demais acontecendo, o tempo não pára (eu acho que isso perdeu o acento).
Mas o que mais está perto do meu universo, ou seja, minha pequena e longínqua cidadezinha interiorana mineira (uai, sô), foi o processo eleitoral, ou melhor "as eleição". Deixando bem claro que não gostei dos resultados, mas fazer o que, né, o tal voto obrigatório faz com que as pessoas votem em qualquer um e como se diz, a vontade do povo é a tal da democracia.
Mas a melhor parte é o silêncio que reina novamente nas ruas. Quanto a isso não tem nada melhor. Trabalho no centro (agora mais no centro ainda) e é ônibus e carro o dia inteiro, mas isso juntamente com propaganda política em carro de som com aquelas músicas chatas e repetitivas e paródias igualmente chatas (Ado-aado, meu voto é no Garrado / O povo vota no Garrado) não é possível, por mais paciente que uma pessoa possa ser, ela perde a paciência com tanta falta de noção de ridículo. No sábado antes das eleições o caos se estabeleceu. Carros de som por todas as vias, santinhos e cartas empesteando nossos quintais e ruas, candidatos no corpo-a-corpo por todos os lados. Terrível.
Ainda bem que podemos respirar mais tranquilos agora, isso é, até janeiro, e vamos torcer pra que as coisas sejam positivas apesar dos pesares.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

De volta

Galera, novamente peço desculpas pelo meu sumiço do blog. É que esses dias ando meio enrolada, emprego novo, estudando adoidada pra concurso público, entre outras coisas.
Prometo que assim que minha vida voltar ao próximo da normalidade (isso é quase impossível) eu volto com força total às minhas divagações.
Beijos a todos que não me abandonam.