quinta-feira, 3 de abril de 2008

Dai-me forças, Senhor...

Em primeiro lugar gostaria de pedir desculpas pela brincadeirinha do Primeiro de Abril, mas é que não resisti.

Ultimamente, mesmo andando com fone de ouvido, curtindo meu bom e velho metal, sou obrigada a ouvir, proveniente de carros dirigidos por pessoas "muito cultas e inteligentes" que colocam aquela parafernália toda de som automotivo, belas canções como "Atoladinha", "Piriguete", "Dança do Créu", entre outras beldades da nossa adorável música do povão.
Mas convenhamos, essa tal Dança do Créu não tem nem descrição cabível.
"Pra dançar créu tem que ter disposição
Pra dançar créu tem que ter habilidade
Pois essa dança, ela não é mole não
Eu venho te falar, são cinco velocidades
A primeira é devagarzinho, só o aprendizado
Créééééééééééééééu...(3x)
Se ligou? De novo!
Créééééééééééééééu...(3x)"

E o restante nem compensa citar, um desfile de palavras sábias e inspiradoras. Fico imaginando o QI de uma pessoa que ouve isso e ainda gosta. Porque quem faz, ainda vá lá, conseguir criar algo que leve massas de descerebrados ao delírio e à devoção por conta de uma ... letra dessas, tem que ser bom.
Fico pensando numa coisa, se acontecesse aqui no Brasil um ataque de mortos-vivos igual nos filmes do George A. Romero (Noite dos mortos-vivos, Madrugada dos Mortos, Dia dos Mortos, Entardecer dos Mortos, E não sei mais o que dos Mortos), nos quais essas criaturas se alimentam de cérebros, os pobres coitados poderiam se inscrever no programa Fome Zero do Quatro Dedos, porque, com certeza, não encontrariam muito alimento por aqui, a começar pelo nosso representante máximo no poder.
Se tem uma coisa que eu prezo muito são os meus sentidos, mas diante de coisas como essas, eu bem que gostaria de uma surdez temporária...

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