segunda-feira, 9 de março de 2009

Memórias de uma NinjA

Por incrível que pareça, eu consigo me lembrar de algumas coisas da minha infância, mas não me lembro do que aconteceu ontem. Vendo o Sarney um dia desses no jornal, me lembrei da época que ele presidente. Eu era criança, mas me lembro, lembro do presidente Figueiredo, da eleição do Tancredo e sua posterior morte e quando o Sarney assumiu. Nessa época, Michael Jackson ainda era negro e o SBT ainda se chamava TVS. Lembro que meu pai era milhionário, a folha de pagamento dele passava dos 7 milhões de cruzeiros. Mas em compensação, eu lembro que eu comprava um pirulito de 500 cruzeiros no barzinho da esquina da casa da minha avó, esses pirulitos vinham até sem embalagem, ficavam dentro de vasilhas e o vendedor só tirava dali e entregava. Não me lembro quanto era o pão, só lembro que ele vinha bem maior, comprido, parecendo uma baguete, era embrulhado em papel grosso, normalmente rosa, não tinha sacolinha nem nada, levava aquilo na mão mesmo. Era comum a compra em cadernetas nas mercearias de "secos e molhados" e no final do mês quando se ia pagar, era cobrado o preço do dia, ou seja, bem mais caro. Eu acho que a gente aprendia a falar "mamãe", em seguida "papai" e depois "inflação". A coisa era complicada. Faz a crise de hoje parecer brincadeira, pelo menos no Brasil. Era um tira-e-bota zeros que enchia a paciência, tinh até nota carimbada! Isso mesmo, carimbavam a nota com o novo valor pra não ter que fazer mais.
Tenho um amigo que essa galera adolescente de hoje em dia de "os de agora". Na minha época de criança eu já gostava de rock e filmes de terror. Meus pais deixavam eu assistir filmes de terror, desde que não tivesse sexo (tripas arrancadas, gargantas cortadas, sangue jorrando tudo bem, mas gente se pegando nem pensar), mas o telejornal não deixava, mas sempre dava meus pulinhos e assistia. Para os de agora, bandas como Metrô, Rádio Táxi, Nenhum de Nós, Inimigos do Rei, Sempre Livre entre outras pode soar estranho, mas na minha infância eu amava. Adelaide, a anã paraguaia e Ma-ma-maria embalaram minhas brincadeiras, mesmo que escondido, isso porque meu pai só usava rádio a pilha e dizia que ouvir FM gastava essas pilhas, então quando ele ia trabalhar eu só ouvia FM, nunca gastou além da conta.
Se eu fosse ficar falando da minha infância anos 80 aqui poderia escrever um livro, mas fico por aqui na minha nostalgia.
Abraços...

Um comentário:

Cidinha disse...

È amiga Ninja(ou Lu para os intimos)o tempo passa tão depressa e a gente tá cada dia menos nova(mais velha nunca)rsrsrs!!!
Chau
Bjo