domingo, 16 de março de 2008

Meu mestre

"As pessoas me perguntam por que escrevo coisas tão macabras. Respondi que é porque tenho um coração de menino - está num vidro com formol sobre minha escrivaninha."
S.K.

Até que enfim vou fazer um post sério...
Estava demorando pra eu falar sobre aquele que está presente em minha vida há mais de vinte anos e simplesmente eu idolatro: STEPHEN KING.
Lembro-me dos meus cinco aninhos de idade assistindo a um filme onde uma menina matava todo mundo no baile da escola (Carrie, a Estranha) e um outro onde um carro vermelho saía matando as pessoas (Christine). Na época eu nem entendi essas coisas e nem sabia quem estava por trás delas. O tempo foi passando e eu assisti a outros filmes, como Colheita Maldita, Creepshow, Zona Morta, Cemitério Maldito, Conta Comigo, entre outros e realmente comecei a ter um gosto especial por filmes de terror, em paralelo a isso fui tentando ler coisas legais, mas na escola onde eu estudava só encontrava os livros da coleção Vagalume (alguém lembra deles?) e em casa meu pai tinha A volta ao mundo em 80 dias de Júlio Verne, livro legal, gostei. Mas queria algo mais, foi quando mudei de escola e lá tinha muitos livros do Júlio Verne, li todos, cada um melhor que o outro, mas tudo q começa tem fim e não tinha mais livros dele pra ler, foi então que eu vi, vários deles, enfileirados na estante, Stephen King, tinha Christine, Depois da Meia Noite, A maldição do Cigano, Quatro Estações, Angústia, etc. Comecei por Depois da Meia Noite e foi paixão, amor desmedido, obsessão à primeira leitura, li todos também e até Júlio Verne deixou de ter sua graça. Por fim, quando terminei, tinha mais um Dissecando Stephen King, escrito por dois repórteres e que era uma compilação de várias entrevistas. Li esse livro em setembro de 1997 e foi aí que vi que ele era realmente o meu mestre. E aí comecei a perceber que aqueles filmes que eu mais gostava eram dele.
Na biblioteca municipal consegui mais alguns, inclusive aquele que seria o melhor livro que eu li em toda a minha vida: IT. Escrito em 1985-86, ou seja, quando eu tive meu primeiro contato com sua obra.
Há algum tempo tive mais acesso à internet e descobri em fóruns os livros digitalizados e com isso, aumentei a minha coleção, além de conseguir os filmes. Minha coleção ainda não está completa, mas vai estar.
Recentemente no Brasil foi lançado o último livro da saga A Torre Negra. São sete livros que começaram a ser escritos há 30 anos e conta a história de Roland de Gilead, o último pistoleiro, na sua procura pela Torre Negra. Uma história envolvente e que envolve terror, suspense, cultura pop e faz uma ligação com quase todos os outros livros que ele escreveu, já que essa é sua marca registrada, sempre há personagens e fatos que se repetem ou são citados em mais de um livro. A Marvel está contando em quadrinhos essa saga e o diretor J.J. Abrams (Lost), fã assumido de King (assim como King é fã assumido de Lost) já comprou os direitos para uma adaptação cinematográfica. Só espero que seja algo fiel, pois depois de ler os livros e ver os filmes, cheguei à conclusão que os filmes não prestam.
Para quem quiser conhecer mais sobre Stephen King, acesse: www.stephenking.com.br (site brasileiro), www.stephenking.com (site oficial).
King completará 61 anos em setembro, mora numa linda e assustadora mansão em Bangor, no estado norte-americano do Maine, é casado com Tabitha King (que o tornou rico quando não o deixou jogar fora o manuscrito de Carrie e o obrigou a publicá-lo, o livro junto com o filme lançado dois anos depois, em 1975, os tirou da miséria) e têm três filhos, sendo Joe Hill um provável futuro detentor do status de "Mestre do Horror Moderno", já que seu pai o é atualmente.
Eu poderia fazer um blog inteiro pra falar dele, pois aqui coloquei apenas um resumo do que sei dele (não falei sobre sua banda de rock, sobre o acidente, outros filmes, família, etc) e enfoquei apenas como eu conheci e me apaixonei por este homem, cujas histórias macabras embalaram minha vida inteira, desde a infância e com certeza até a morte.
Vida longa ao Mestre.

Nota: Se não fosse essa minha paixão por Stephen King o porquinho cor-de-rosa teria vencido a batalha.

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